terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rock in Rio – Parte III – Finalmente chegamos!

Depois dessa viagem toda, uma baita vontade de mijar depois das cervas na casa do tio do Marcão, enfim chegamos a Cidade do Rock, galera toda muito doida, sem nem saber direito pra onde ia, parecia criança no parque de diversões. O lugar era gigantesco, nunca tinha visto nada igual.Em cada ponta do espaço, havia um complexo de lojas vendendo souvenirs, bebidas, lanches do Bob’s, e um monte de bugiganga. Até o Sérgio Mallandro tava dando uns rolês por lá. Daí chegou a hora dos shows, se não me engano teve orquestra tocando o hino nacional, discurso, e essas baboseiras todas. Daí, pra abrir o Rock in Rio, um roqueiro headbanger de primeira linha: NEY MATOGROSSO! Nem lembro do show, pq nem me interessei em ver aquela coisa bizarra, que graças a Deus acabou logo. Em seguida, o Tremendão, Erasmo Carlos! Coitado do cara...vestiu roupa de couro preta, cheio de tachinhas pra fazer uma média com a galera headbanger (odeio o termo metaleiro), tava até tentando tirar uma onda, mas pôrra, o cara foi numa plateia, louca pra ver Iron e Whitesnake, e vai cantar “ eu queria ser o seu caderninho, só pra ficar juntinho de vc???” ahhhh tio, pede pra cagar e sai de fininho, com todo o respeito. Só sei que foi a maior vaia que eu ouvi na minha vida, juro por Deus, fiquei até com dó dele. Tava vendo o show num telão em uma tenda gigante, e dava pra perceber o mau estar e o constrangimento dele. Não merecia mesmo, culpa da organização, vão ser burros lá na pqp. E ainda tinham escalado ele pra penúltima noite, pra tocar antes de Scorpions, Whitesnake, Ozzy e AC/DC, ainda bem que tiveram o bom senso de mudar ele de dia, senão era capaz do cara tá morto hoje em dia. Em seguida vieram Pepeu Gomes e Baby Consuelo. Ainda bem que o Pepeu deu uma pegada hard com a guitarra dele, e conseguiu segurar um pouco o público. Por que “ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino” também é foda de escutar. Acho que o cara sangrou sangue dos dedos de tanto que solou naquele dia, hahahhahahahaha... Enfim, o primeiro grande show: Whitesnake! Eu lá no meião da muvuca, um puta cheiro de maconha (acho que tinha uma nuvem de maconha no ar naquele dia), e começa o show dos caras: David Coverdale, John Sykes, Neil Murray e o fodástico do Cozy Powell! Um puta show, aquela coisa meio Purple e Coverdale no auge, cantando muito mesmo. O melhor do show pra mim foi essa música, nunca tinha visto ninguém solar desse jeito! Fim do show, era hora do Iron Maiden! A turnê era a World Slavery Tour, uma baita produção, um palco fantástico, eles tinham acabado de lançar Powerslave, um disco sensacional, e estavam no auge da carreira. Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith e Nicko Mc Brain. Você, um moleque de 18 anos, fanático pela banda, vendo eles ao vivo, queria mais o que na vida? Nunca mais vou me esquecer! Encerrando a noite, o Queen. Confesso que fui pra ver o Maiden, mas o grande show mesmo foi do Queen, até por que show do Iron eu vi um monte depois desse dia, mas do Queen, nunca mais. Freddie Mercury é uma lenda, a figura dele no palco era demais. E nunca me esqueço, quando tocou essa música, essas engrenagens rodando no palco, não sei por que, nesse momento acho que a ficha caiu e eu acreditei que tava vendo mesmo os caras que eu só conhecia pela tv, nos raros programas de videoclipes, e escutava na vitrola. Inesquecível, obrigado ao meu pai e a minha mãe que me proporcionaram tudo isso!

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