terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rock in Rio



Eram meados de 1984, quando um tal de Roberto Medina, anunciou um grande projeto: o Rock in Rio! Conforme foram anunciando as bandas, a vontade de poder ver aqueles shows foi ficando incontrolável, e parecia até mentira aquilo, pois de vez em nunca aconteciam grandes shows por aqui. Até o Rock in Rio eu me lembro de Kiss, Queen, Alice Cooper, Peter Frampton e um show que quase ninguém lembra, mas que eu fui: Van Halen!

Então quando anunciaram para o Rock in Rio: AC/DC, Scorpions, Ozzy, Def Leppard (que depois foi substituído pelo Whitesnake) e IRON MAIDEN, a galera do heavy metal ficou enlouquecida! Não quis nem saber, garanti o meu ingresso para o primeiro dia, 11 de janeiro de 1985. E um puta festival de rock desses, quem deveria abrir? Claro, um grande roqueiro dos bons: Ney Matogrosso, hahahahahahahahahahaha...vejam na imagem o lineup do festival:

Moraes Moreira abriu pra Ozzy Osbourne, que abriu pra Rod Stewart! Alceu Valença, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Eduardo Dusek, Al Jarreau e George Benson! Headbangers de primeira linha! Bizarrices do Rock in Rio mesmo.
Definido que eu ia, um amigo meu que foi comigo, Ismael, arrumou o lugar pra gente ficar lá. Um primo dele que estudava medicina da UFRJ e morava em Copacabana ia nos hospedar na casa dele. Nunca tinha nem saído de São Paulo, e tava indo pro Rio de Janeiro assistir Whitesnake, Iron Maiden e Queen!
Chegamos no Rio por volta das 19 hs, e pegamos o tal do “Frescão”, um ônibus confortável com ar condicionado, e depois me falaram que tinha esse nome por que só paulista andava nele. Chegamos ao apartamento do primo dele, se não me engano o nome dele era Camilo. Na verdade era uma kitnete, uma salona sem paredes, sala e quarto separados por uma cortina, um banheirinho e uma cozinha que pra abrir a geladeira, vc tinha que sair da cozinha, sem mentira! Só cabia uma pessoa lá dentro da cozinha. Mas aquilo ali pra mim era o Copacabana Palace, tava ótimo, queria mesmo era curtir o Rock in Rio, que ia começar no dia seguinte. Descemos pra jantar num daqueles botecos que tinham lá, tomamos umas trocentas e novecentas cervejas (tava calor pra caracas!) e fomos dormir felizes da vida, só esperando pra poder ir pra Cidade do Rock!

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